As ideias vem num fervilhar de emoções as quais não sei definir, mas caminho por elas Olhando por Cima as suas possibilidades reais ou não, muitas vezes me vejo sem saída. Foi preciso derramar!!!!!!
Por: Cíntia Nascimento
Todos os materiais apresentados me pegaram em uma única perspectiva a qual o Homem e sociedade, comunidade trabalha na construção e destruição de si próprios, as teias criadas são tão frágeis como as de uma aranha e nunca sabemos quando somos a presa ou o predador e assim fui tomada pela frase :
" Homo Hominis lupus, significa " o homem é o lobo do homem" em latim. Tal sentença foi criada por Plauto, um dramaturgo romano que viveu no período republicano de Roma entre 230 - 180 a.C., aparecendo pela primeira vez em sua obra conhecida como " Asinaria". Thomas Hobbes um filosofo inglês ao qual a frase tornou mais conhecida, um dos fundadores da filosofia politica, utilizou-se da frase citada acima em sua obra " De Cive" ( Sobre o Cidadão, em tradução livre). Nela, o mesmo fundamento lógico é usado para endereça o mesmo problema: nós, humanos gostamos de fazer parte de grupos sociais e no momento em que reconhecemos a presença de estranhos, inicialmente o tratamos não da forma com que rotineiramente tratamos aqueles pertencentes a nossa sociedade, mas de uma forma diferente. Envolvidos em uma teia de argumentos ratificando o resultado do ser humano sem entidade intermediadora, algo que conhecemos como estado". ( Fragmento retirado do site Ciencianautas. Por Weslley Vitor - 16/06/2017 )
(Imagem tirada da internet, não encontrei autor)
Ainda em dialogo com o homem - lobo , pensando na Palavra, veio "Os Cavaleiros do Apocalipse" a meu ver O homem é o Apocalipse porque destrói a si e o outro instintivamente, consciente e inconsciente, o mundo não acaba ele se regenera, a humanidade esta entrando na era do colapso.
Como processo de criação gostaria de trabalha com colagem, inicialmente varias imagens para revela um plano ao fundo que conversasse com as temáticas levantadas.Mas com a visualização do vídeo documentário "Humam" imagens do cotidiano produzidas pela câmera, e o encontro do dia 16 de Agosto de 2017 com a artista e educadora, canadense Joelle Tremblay em nosso atelier ratificou o desejo de trabalha com a colagem, porém uma construção coletiva.
A imagem seria ou será uma releitura, criação ou parafraseamento do fotograma retirado no documentário. Pensando em como trabalhar com a colagem fiz um pequena cartografia de artistas que trabalham com colagem, conhecer um pouco sobre as artes visuais onde ela a Colagem pertence, encontrei uma link : http://historiadasartesvisuais.blogspot.com.br/2011/06/colagem-artistica.html
Artistas visuais e suas obras : http://www.emocaoartficial.org.br/pt/artistas-e-obras/
Artistas visuais e suas obras com a influencia da colagem: http://universodavitoria.com.br/exposicao-identidade-urbana/
Um artista que me chamou atenção com seus trabalhos foi Sílvio Alvarez, artista plastico paulistano, autodidata dedica-se a técnica da colagem desde 1989.
Vivemos o tempo inteiro compondo redes, de relacionamentos para o trabalho, afetos, família estudos, as redes ampliam nossos horizontes trás conhecimento, experiencias, as redes da tecnologia ultrapassam territórios, ligados ,conectados. Mas até que ponto a rede proporciona benefícios?!
Experimento, composição:
- Rede;
- Pessoais.
- Dois momentos (rede-teto, rede-parede)
Teto
A rede esticada formando um teto para as pessoas que se encontravam no centro do tatâmi, enquanto as outras que seguravam a rede iam abaixando o teto até chegar ao chão, evitado que os indivíduos escapem.
Parede
A rede nesse momento é uma parede e as pessoas tentaram passar por ela.
Os experimentos teto e parede trouxe algumas concepções á pressão exercida de ambos os lados, ficando quase que imperceptível quem fazia a pressão ou quem era pressionado. Em alguns momentos teve pessoas que se tornaram passiveis e outros que só tomavam atitude de saída mediante a um "Líder"que provocava uma reação coletiva (Resistência). Aos opressores de diferentes personalidades no momentos que lhe é dado o poder ser transformam, expressões de prazer é percebido em diversos instantes, o instinto de sobrevivência animal é visto. "O homem sendo o lobo do homem"
A rede agora não é apenas unificadora (ela tenciona) como se tem acreditado, propagado, ela tece relações de poder quase invisíveis.
(Imagens cedidas por Martin Domecq. Edição Cíntia Nascimento)
Por mais que meus pesamentos mudaram, o meu tema sempre foi o TRABALHO, lapidando são as relações humanas, politicas e de poder. O meu desejo era fazer uma releitura do fotograma , documentário Humam que mostra trabalhadores enfileirados, a força do trabalho a ESPINHA DORSAL que move o mundo, e as ferramentas que formam essa comunidade dos objetos de trabalho.
Algumas pesquisas foram feitas durante o processo de construção do meu projeto as quais foram muito relevantes para o resultado, dois artigos que ainda não foram citados aqui no blog foram minhas referencias principais na formação do pensamento concreto para finalização. O texto do Ulpiano T. Bezerra de Meneses - Memoria e Cultura Material: documento de pessoas no espaço publico, e um outro texto da artista visual e cênica Sônia Lucia Rangel - A Mascara Expandida um Devir poético na interface visualidade-teatralidade
O experimento me auxiliou na percepção do modo como as relações de poder são estabelecidas e como poder ou acensão transforma em algum momento o ser humano agi instintivamente tanto para causa pressão como para resiste a mesma.Essas relações são muito presente no campo do trabalho, a qual a massa trabalhadora sofre pressões diárias para obter ou mostra resultado do seu esforço.
( fotograma documentário HUMAM)
Como eu já citei no inicio do post quis fazer uma releitura a partir do fotograma acima, uma imagem de trabalhadores movendo terra, vejo formando uma coluna vertebral, em um mundo capitalista o força das massas é que sustenta de pé o sistema, por esse motivo decide em titular Espinha Dorsal, pois ela sustenta o corpo para se manter de erguido. E vários elementos foram tocados na obra como a memória com os porta-retratos, os caixotes que trás o trabalho pesado e as imagem de ferramentas como a comunidade de objetos do trabalho.
(Espinha Dorsal. Obra visual,fotografias. Cn. 20/09/2017)
Espinha Dorsal
Todos os dias, levanto olho no espelho frente a cama.
Olhos cansados, mãos calejadas.
Todo dia! todo dia, levanto olho no espelho frente a cama.
Pés inchados, pernas pesadas, arrasto!
Todo dia! todo dia! todo dia levanto!
Olho no espelho frente a cama.
Tempo passou, idade chegou.
O trabalho não acabou!
A enxada me espera!
É a parte que me cabe neste latifúndio.
É a terra que querias ver dividida. Cn
Esse projeto desenvolvido durante o Ateliê Arte e Comunidade trouxe um amadurecimento das produções e processos de construção artísticos, além de aproximação com artistas e arte-educadores com suas metodologias os modos de fazer e ver o mundo. Gratidão a tudo que foi aprendido até aqui. Até o próximo.
http://www.emocaoartficial.org.br Gostei muito desse site!
ResponderExcluirSe se interessar por essa relação arte e tecnologia pode também pesquisar o site rhizome.org que trabalha especificamente sobre internet.art
ResponderExcluirQue representação!!!!
ResponderExcluirObrigada! Sinto feliz por tu esta presente nesse, meu processo de encontro com o meu "EU" e as minhas variadas linguagens.
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